Brasil

7 de junho de 2024

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1. PIB do Brasil cresce 0,8% no primeiro trimestre de 2024, impulsionado pelo setor de serviços

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,8% nos primeiros três meses de 2024, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação com o mesmo período de 2023, o crescimento foi de 2,5%, totalizando R$ 2,7 trilhões entre janeiro e março. Esse avanço foi principalmente impulsionado pelo setor de serviços, que registrou um aumento de 1,4% no período.

O setor de Comércio destacou-se dentro dos serviços, com uma alta de 3%, refletindo a melhoria no consumo das famílias e no mercado de trabalho. Além disso, o setor de Informação e Comunicação cresceu 2,1%, enquanto outras atividades de serviços aumentaram 1,6%. A Agropecuária também apresentou desempenho positivo com um crescimento de 11,3%, embora a indústria tenha registrado uma ligeira queda de 0,1%. 

Em 2023, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, alcançando R$ 10,9 trilhões, colocando o país de volta entre as 10 maiores economias do mundo. As projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) indicam que o Brasil deve subir uma posição e fechar 2024 como a 8ª maior economia global, permanecendo nessa posição até 2029. Essa perspectiva otimista reflete o impacto positivo contínuo do setor de serviços e investimentos, especialmente na importação de bens de capital, desenvolvimento de software e construção civil.

Agência Brasil: PIB do Brasil cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2024, aponta IBGE
G1: PIB do Brasil sobe 0,8% no 1° trimestre de 2024 puxado por comércio, diz IBGE
Exame: Brasil deve subir uma posição e fechar 2024 como a 8ª maior economia do mundo, estima FMI

2. Banco Central projeta inflação e juros mais altos para os próximos anos

Relatórios do Banco Central indicam que os economistas do mercado financeiro preveem um último corte na taxa básica de juros, de 10,5% para 10,25% ao ano, apesar das expectativas de inflação em alta. As projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram elevadas para 3,88% em 2024, 3,77% em 2025 e 3,60% em 2026, mantendo a tendência de aumento observada nas últimas semanas.

No Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (03), as previsões para a taxa Selic também foram ajustadas, subindo de 10% para 10,25% em 2024 e de 9% para 9,18% em 2025, permanecendo estáveis em 9,00% para 2026 e 2027. A inflação do aluguel (IGP-M) foi revisada para 2,90% em 2024. As projeções para o PIB mantiveram-se estáveis em 2,05% para este ano, com uma expectativa de crescimento entre 0,4% e 1% no primeiro trimestre, apesar dos impactos negativos da tragédia no Rio Grande do Sul.

Valor Econômico: Análise: Economistas ainda preveem um corte de juro mesmo com inflação acima da meta
O Globo: No Boletim Focus, analistas projetam inflação e juros mais altos

3. Número de IPOs globais cai 7% no primeiro trimestre, mas volume captado aumenta

Um estudo da EY revelou que o número de ofertas iniciais de ações (IPOs) globais diminuiu 7% no primeiro trimestre de 2024, caindo de 307 para 287 operações. Contudo, o volume captado com essas ofertas cresceu 7%, passando de US$ 22,1 bilhões para US$ 23,7 bilhões.

A região Ásia-Pacífico foi a principal responsável pela queda no número de operações, com uma diminuição de 34% nas ofertas e 56% na receita. Isso se deve às condições de mercado desfavoráveis, incluindo a saída de capitais e a suspensão temporária de IPOs na China, além de juros elevados em Hong Kong.

Em contraste, nas Américas houve um aumento tanto no número de ofertas quanto no volume captado. No Brasil, a expectativa é de retomada das IPOs no segundo semestre de 2024, após dois anos sem novas listagens.

Valor Econômico: Número de IPOs no mundo cai 7% no 1° trimestre, mas volume captado com ofertas cresce, diz EY

4. Número de cartões de crédito ativos no Brasil é superior ao total da população, revela relatório do Banco Central

O relatório “Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil” do Banco Central, divulgado na terça-feira (04), revela que o país encerrou 2023 com 212,305 milhões de cartões de crédito ativos – um aumento de 3,3% em relação ao ano anterior. Este crescimento representa uma desaceleração significativa comparado aos anos anteriores, quando houve aumentos de 36,0% em 2021 e 12,5% em 2022. No entanto, o número de cartões de crédito supera a população total do Brasil (que é de 203,1 milhões, segundo o Censo de 2022).

Além disso, foram emitidos 481,010 milhões de cartões de crédito em 2023, com uma taxa de ativação de 44,1%, a menor desde 2011. Em contraste, o número de cartões de débito caiu 5,6%, totalizando 165,521 milhões, impactado pela crescente popularidade do Pix. Analistas sugerem que, embora o Pix ainda não tenha afetado significativamente o uso de cartões de crédito, isso pode mudar à medida que novas funções para o sistema de pagamentos instantâneos sejam implementadas.

Valor Econômico: Brasil tem 212 milhões de cartões de crédito ativos, mais do que a população total

5. Estudo revela estados com maior e menor desperdício de água

Na quarta-feira (05), Dia Mundial do Meio Ambiente, o Instituto Trata Brasil (ITB) divulgou o “Estudo de Perdas de Água 2024”, que destaca as regiões Norte e Nordeste como as mais vulneráveis em termos de desperdício de água tratada e saneamento básico. Baseado em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o estudo revela que essas regiões enfrentam maiores dificuldades na gestão de água e esgoto.

Entre as 27 capitais brasileiras, apenas Goiânia e Campo Grande apresentam índices de perda na distribuição de água abaixo da meta de 25%, enquanto Porto Velho e Macapá registram os piores índices, com perdas superiores a 70%. No total, apenas 14 dos 100 municípios mais populosos do Brasil conseguem manter perdas abaixo de 25%, indicando um grande potencial de melhoria na eficiência do saneamento.

Os estados das macrorregiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste têm desempenho acima da média nacional, com Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Distrito Federal e São Paulo se destacando positivamente. Em contraste, Sergipe, Roraima, Rondônia, Acre e Amapá registram os maiores índices de perdas, ressaltando a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura e gestão de água nas regiões Norte e Nordeste.

Exame: Dia Mundial do Meio Ambiente: conheça os estados com maior e menor desperdício de água